Qual a necessidade de aprender a língua do país de acolhimento?


O domínio da língua portuguesa permite a comunicação com o outro e uma melhor interação com a sociedade que se revela fundamental para uma plena integração na sociedade portuguesa, incluindo no mercado de trabalho. É indispensável para a apresentação dos pedidos de nacionalidade portuguesa, de concessão de autorização de residência permanente e de concessão do estatuto de residente de longa duração. O domínio da língua da sociedade de acolhimento assume-se como um aspeto fundamental de integração. A compreensão da língua do país de acolhimento é, pois, considerada um aspeto fundamental no processo de integração.

Qual a necessidade de aprender a língua do país de acolhimento


O português é uma das línguas mais faladas do mundo. Com efeito, a expansão da lingual portuguesa deveu-se a motives religiosos, comerciais e económicos. Povo de descobridores, missionários e comerciantes no tempo da expansão, povo de emigrantes à procura, em tempos mais recentes, de melhores condições de vida. A preocupação da população que permanecia no território era garantir que os emigantes e seus descendentes não esquecessem a língua e as culturas maternas fossem divulgadas lá fora. Hoje em dia a preocupação dos portugueses em relação à língua deve ser apenas a sua correta compreensão e utilização por portugueses e a sua divulgação no estrangeiro. Esta preocupação deverá atingir sobretudo as nossas escolas e agentes educativo

Qual a necessidade de aprender a língua do país de acolhimento?


O ensino da língua é uma responsabilidade do país de acolhimento. A aquisição de competências linguísticas e comunicativas processa-se de forma diferente de indivíduo para indivíduo, havendo, para a maioria, duas etapas distintas, mas interligadas:

• A fase do acolhimento

• A fase da integração

Na fase de acolhimento, as aulas têm, como objetivo principal, a familiarização com a língua e a cultura portuguesa, visando, também

• Minorar o isolamento físico e psíquico;

• Estimular a autonomia;

• Facilitar relações interpessoais e interculturais.

Neste sentido, a assiduidade às aulas é, frequentemente, sintomática de uma atitude positive indiciadora de esperança no futuro e vontade de ultrapassar o grande obstáculo que é o desconhecimento da língua.

Na fase de integração, a formação profissional, o reconhecimento de competências e a inserção no mercado de trabalho são as maiores preocupações. Perante pessoas tão diferentes, com idades, antecedentes académicos, experiências de vida e expectativas tão diferentes, há que adaptar as metodologias aos interesses e às necessidades concretas dos estudantes, para desenvolverem as suas potencialidades e melhorarem as suas capacidades de comunicação e uso da lingual nos múltiplos contactos da vida social e profissional.

Qual a necessidade de aprender a língua do país de acolhimento?

Componente sociocultural


Visa criar elos de ligação com o espaço/sociedade em que estão inseridos, incluindo, as seguintes atividades: Conhecimento de factos históricos e socioculturais associados a festas, tradições e costumes, datas históricas ou comemorativas, nomeadamente

• Idas para a rua, visitas ao supermercado;

• Visitas a museus, exposições, parques;

• Idas ao teatro;

• Passeios;

• Convívios, jogos e festas.

Numa população carente de laços sociais e afetivos, estas atividades são particularmente importantes, pois favorecem um maior relacionamento interpessoal e intercultural; facultam muita informação sobre o país e a cultura portuguesa nos seus múltiplos aspetos; proporcionam um claro alargamento do vocabulário; estimulam o debate nas aulas, o que conduz, inevitavelmente, a descodificações, comparações, etc.

Além disso, facilitam o diálogo intercultural, numa partilha de conhecimentos e ideias propiciadas pela diversidade de países de origem. Mas a língua é mais do que vocabulário, gramática e uma pronúncia bonita. Encerra história, tradições, códigos sociais e culturais.

O ensino-aprendizagem de uma nova língua passa necessariamente, pelo conhecimento da cultura do país, mas num ambiente de respeito e valorização do estudante e da sua cultura, num diálogo intercultural em que se compartilham semelhanças e diferenças.

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